A Petrobras e a Shell garantiram os direitos de produção da União para áreas não contratadas nos reservatórios compartilhados de Mero e Atapu, localizados na região do pré-sal da Bacia de Santos, em um leilão realizado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) na quinta-feira (4). Com o lance realizado, a Petrobras elevou sua participação na jazida compartilhada de Mero de 38,60% para 41,40%, após arrematar junto com a Shell uma fatia da área que pertencia à União, devendo desembolsar R$ 6,97 bilhões. Os lances em parceria com a Shell totalizaram R$ 8,8 bilhões.

A participação da Petrobras neste leilão já era esperada pelo mercado, mas os resultados podem ter demonstrado um apetite ligeiramente maior da empresa do que o previsto. De acordo com os analistas do Bradesco BBI, o aumento de produção decorrente da aquisição deve ser de cerca de 16-18 mil barris por dia, e a Taxa Interna de Retorno (TIR) real desalavancada desta aquisição está na faixa de 15%. Além disso, o banco estima que a aquisição reduzirá os dividendos a serem pagos pela Petrobras no 4º trimestre de 2025, com expectativa de pagamento de US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão.

O JPMorgan também analisou o resultado do leilão e afirmou que a participação da Shell como parceira foi positiva. O consórcio garantiu os ativos por um valor apenas 3,3% acima do lance mínimo exigido.. A aquisição também foi vista como um passo em direção à expansão da presença da Petrobras no pré-sal, com a expectativa de que a empresa anuncie outras aquisições em 2026, como o potencial investimento em uma empresa de etanol de milho. O valor desembolsado pela Petrobras e a Shell é de R$ 8,8 bilhões, sendo R$ 6,97 bilhões para a aquisição da fatia da área que pertencia à União.

A Bacia de Santos é uma das maiores áreas de exploração de petróleo e gás do Brasil, e a Petrobras é uma das principais empresas nesse setor. A aquisição da fatia da área compartilhada de Mero e Atapu é um passo importante para a expansão da presença da Petrobras no pré-sal, com a expectativa de que a empresa anuncie outras aquisições em 2026. Além disso, a aquisição reduzirá os dividendos a serem pagos pela Petrobras no 4º trimestre de 2025.