A escalada do ouro no mercado global tem despertado grande interesse entre as empresas de mineração brasileiras. De acordo com as previsões revisadas por parte do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), as empresas investirão US$ 2,1 bilhões (R$ 11,4 bilhões) na extração de ouro no Brasil entre os anos de 2024 e 2028, o que representa uma elevação de 39% em relação às previsões anteriores. Isso coloca o país em uma posição mais atraente para investimentos, especialmente considerando que o Brasil é o 15º maior produtor de ouro do mundo, com uma produção de 84 toneladas em 2024.
Essa tendência positiva é impulsionada pelo aumento das reservas geológicas de ouro no subsolo brasileiro, que são estimadas em pelo menos 2,4 mil toneladas. Além disso, a alta do preço do ouro, que atingiu 155% na década passada e 60% em 2025, tornou-se uma oportunidade atraente para investidores. A expansão do ouro e a retração do dólar nas reservas dos Bancos Centrais também contribuem para essa tendência, pois muitos deles estão trocando parte de seus dólares pelo metal amarelo por medo da dívida americana.
A implicações operacionais dessa tendência são significativas para as empresas de mineração brasileiras. Com a elevação das previsões de investimento, as empresas precisarão aumentar a produção e melhorar a eficiência operacional para atender às demandas crescentes. Além disso, a concorrência por recursos naturais também aumentará, tornando necessário que as empresas sejam mais competitivas e estratégicas em suas operações. Por outro lado, a alta do preço do ouro também pode gerar oportunidades para as empresas de mineração brasileiras em termos de exportação e divisas.
No entanto, também há riscos associados à escalada do ouro no mercado global. A volatilidade do preço do ouro pode afetar negativamente as operações das empresas de mineração brasileiras, especialmente se elas não tiverem uma estratégia de hedging adequada. Além disso, a concorrência crescente por recursos naturais pode afetar a competitividade das empresas brasileiras em relação às suas concorrentes internacionais. Portanto, as empresas de mineração brasileiras precisarão ser cuidadosas ao planejar suas operações e estratégias para aproveitar as oportunidades e minimizar os riscos associados à escalada do ouro no mercado global.