Os principais bancos centrais do mundo realizaram em 2025 o maior corte nos juros em mais de uma década, revertendo a tendência de aumento dos juros nos anos anteriores. Nove dos bancos centrais que supervisionam as 10 moedas mais negociadas do mundo reduziram suas taxas de referência em 2025, somando 850 pontos-base de afrouxamento em 32 reduções de juros, o maior número de cortes desde 2008 e a maior escala desde 2009. Isso ocorreu após um período de aumento dos juros em 2022 e 2023, quando as autoridades buscavam combater a inflação causada pelo aumento dos preços da energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia. O Japão foi a exceção, aumentando sua taxa de referência duas vezes em 2025. Alguns analistas preveem que 2026 pode trazer uma mudança radical, com possíveis aumentos de juros, especialmente nos bancos centrais do Canadá e da Austrália.
A desaceleração do afrouxamento também se refletiu em dados mensais, com apenas o Federal Reserve e o Banco da Inglaterra reduzindo os juros em dezembro, enquanto o Japão aumentou. Já em nações em desenvolvimento, os cortes de juros foram fortes e rápidos em dezembro, com oito bancos centrais de uma amostra de 18 economias em desenvolvimento realizando cortes de 350 pontos. Essas decisões elevaram a contagem anual de cortes em 2025 nas economias em desenvolvimento. O mercado de trabalho e a dínâmica da inflação são fatores importantes que influenciam as decisões dos bancos centrais, e é provável que esses fatores continuem a desempenhar um papel fundamental nas decisões de política monetária nos próximos anos. A inflação, em particular, é um desafio constante para os bancos centrais, que buscam manter a estabilidade econômica e controlar os preços.
A redução dos juros pode ter implicações práticas significativas para a economia, incluindo a redução dos custos de empréstimo para as empresas e os consumidores, o que pode estimular o crescimento econômico. No entanto, também pode levar a um aumento da inflação, se os preços dos bens e serviços começarem a subir novamente. Além disso, a redução dos juros pode afetar o mercado de ações e o mercado de divisas, com possíveis impactos nos investimentos e no comércio internacional. É importante notar que as decisões dos bancos centrais são complexas e dependem de uma variedade de fatores, incluindo a situção económica atual e as projeções para o futuro.
A tendência de redução dos juros em 2025 pode ser vista como uma resposta aos desafios económicos enfrentados pelas economias em todo o mundo, incluindo a recessão e a inflação. No entanto, é importante lembrar que as decisões dos bancos centrais são feitas com base em uma avaliação cuidadosa das condições económicas e dos riscos potenciais, e que as implicações práticas dessas decisões podem ser complexas e variadas. Alguns analistas acreditam que o Fed e outros bancos centrais podem precisar aumentar os juros novamente em 2026, dependendo da evolução da inflação e do mercado de trabalho, o que pode ter implicações significativas para a economia e os investidores.
