Com o ex-presidente Jair Bolsonaro atrás das grades desde a madrugada de sábado, a situação política no Brasil tomou um rumo inesperado. O Partido Liberal (PL), apoiado por Bolsonaro durante sua gestão, não parece estar abalado pela notícia da prisão preventiva. Ao contrário, os seus aliados no partido estão mais determinados do que nunca em pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta, para incluir um projeto de lei de anistia ampla e irrestritiva na pauta do Congresso.

Essa medida, no entanto, tem encontrado muita resistência, tanto do exterior quanto do interior do próprio partido. Embora o PL tenha mantido a pressão forte sobre Motta, ele não parece disposto a ouvir. Mesmo após a reunião de membros do partido em Brasília na segunda-feira passada, onde se discutiu a situação atual, é claro que não há um consenso claro. O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, já declarou que não é hora de discutir redução de penas, evitando qualquer menção ao sucessor de seu pai nos próximos anos de eleição, e principalmente, a quem será o candidato do pai em 2026. E é preciso reconhecer que a situação do pai do senador em questão é quem tomará a decisão de escolher quem será o próximo candidato de seu partido.

A percepção pública sobre a medida de anistia também parece ter mudado após a PEC da Blindagem ter sido aprovada. Os demais partidos políticos não estão dispostos a apoiar a ideia, e o presidente da Câmara, Hugo Motta, provavelmente estará preocupado com a reeleição e quer manter a distância. Além disso, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da União continuam a argumentar que Bolsonaro é um risco para o Estado, especialmente após a confissão feita por ele e a tentativa de remover a tornozeleira eletrônica, reforçando ainda mais os argumentos em favor de sua prisão preventiva.

Enquanto a discussão continua no âmbito do Congresso, a imprensa e a população brasileira aguardam com curiosidade o que acontecerá na próxima reunião. É provável que a situação se mantenha em suspense, com o PL lutando para que sua proposta de anistia seja incluída na pauta do Congresso. Enquanto isso, a pergunta continua sem resposta: o que está para vir no próximo ano de eleição do país.